CAPÍTULO 6 - O PARTO - SÃO GÊMEOS, E AGORA? (Obra Registrada: Todos os direitos reservados.)
Na 32ª
semana, em um exame de ultrasom foi observado que um dos bebês estava bem menor
que o outro, devido a má implantação da placenta.Fomos
então, orientados a repetir o exame na semana seguinte, para avaliar a
oxigenação dos bebês.
Na semana seguinte, com 33 semanas e 4 dias de gestação, quando realizamos o novo exame, foi detectado que a alimentação de sangue para a placenta não estava boa.
Isso indicava que a oxigenação para os bebês podia diminuir a qualquer momento, e que eles podiam correr graves riscos por esse motivo.
Minha obstetra nos ajudou a entender que seria melhor para os bebês se fizéssemos uma cesariana naquela tarde. Como eu havia tomado injeções para o amadurecimento dos pulmões dos bebês alguns dias antes, não havia riscos maiores.
Voltamos para casa, preparamos a mala e fomos para a maternidade.
Naquele momento, tivemos a certeza que nossos filhos iriam para a UTI-Neonatal. Isso não nos assustou porque já sabíamos que a maioria dos bebês prematuros – em geral os que nascem com peso abaixo de 2Kg – vão para a UTI-Neonatal. Lá eles são monitorados o tempo todo e podem assim se desenvolver melhor.Uma amiga que conheci no curso para gestantes, tinha passado por isso um mês antes com o nascimento de suas filhas gêmeas. E através dela fiquei sabendo um pouco de como era o dia-a-dia da UTI-Neonatal. Esse conhecimento da realidade que enfrentaríamos aliviou muito a situação, pois nos preparamos e também aos nossos familiares e amigos, de que nossos bebês não seriam vistos naquela primeira fase por ficarem na UTI-Neonatal. Isso evitou a surpresa e a apreensão de pessoas queridas e contribuiu para mantermos a tranqüilidade naquele momento.Na tarde de 03 de maio de 2006, nasceram nossos queridos filhos Rafael e Felipe, com apenas 1 minuto de diferença!
Quando nascem bebês prematuros, eles são levados para outra sala do centro cirúrgico para serem limpos, examinados. Só depois de serem tomadas todas as providências essenciais é que eles são levados para a mãe - no meu caso, um deles veio com o tubinho de oxigênio.
Apesar da demora para vê-los pela primeira vez, não me assustei, pois minha amiga – a que teve as gêmeas – também havia me alertado sobre isso.
Não houve clima para filmar o parto, tampouco para tirar fotos com os bebês, o que teria sido tão bom, mas diante de tanta tensão, tudo o que queríamos é que Deus permitisse que tudo corresse bem com eles.
Rafael nasceu com 1075g e Felipe com 2090g, uma diferença de peso grande, que aos 10 meses de vida já estava reduzida a 15%, graças às orientações do pediatra e a dedicação à nutrição correta dos bebês.
Depois do parto, a equipe de aleitamento materno da maternidade, marcou um horário para que eu fosse ao lactário da maternidade para fazer a “ordenha”.
Ainda com tontura por causa das medicações, e cansada, tomei o café da manhã e fui ao lactário, onde a lactarista me orientou como usar a ordenha elétrica (máquina de tirar leite) para estimular as mamas, esclarecendo que em até 72 horas depois do primeiro estímulo, o colostro apareceria.
Sentei na frente daquela maquininha, conectei os cabos e liguei. No início, eu olhava para a máquina, com uma peça indo de um lado para o outro , com um sono muito forte, trêmula e sem saber se eu teria de fazer isso sempre, ou se era só aquela vez, se era doação de leite com um banco comum, ou se cada mãe tirava o leite exclusivamente para seus filhos. Na verdade, a lactarista já havia explicado tudo a respeito, mas eu, completamente atordoada, não captei nem 10% do que ela disse. Eu, e todas as outras mãezinhas, teria de fazer a ordenha, de três a quatro vezes todos os dias, para estimular as mamas, enquanto os bebês estivessem na UTI-Neonatal.
Falarei mais detalhadamente sobre a ordenha elétrica no capítulo sobre amamentação.
Poucos parentes e amigos nos visitaram, pois todos sabiam das nossas dificuldades. Eu quase não parava no quarto por causa das atividades constantes (tirar leite e visitar os bebês). Precisava descansar e sentia muitas dores no abdomem, devido aos cortes e aos gases (dores que diminuíram com o tempo).
Fui para casa no terceiro dia, e meus bebês lá ficaram.
Na semana seguinte, com 33 semanas e 4 dias de gestação, quando realizamos o novo exame, foi detectado que a alimentação de sangue para a placenta não estava boa.
Isso indicava que a oxigenação para os bebês podia diminuir a qualquer momento, e que eles podiam correr graves riscos por esse motivo.
Minha obstetra nos ajudou a entender que seria melhor para os bebês se fizéssemos uma cesariana naquela tarde. Como eu havia tomado injeções para o amadurecimento dos pulmões dos bebês alguns dias antes, não havia riscos maiores.
Voltamos para casa, preparamos a mala e fomos para a maternidade.
Naquele momento, tivemos a certeza que nossos filhos iriam para a UTI-Neonatal. Isso não nos assustou porque já sabíamos que a maioria dos bebês prematuros – em geral os que nascem com peso abaixo de 2Kg – vão para a UTI-Neonatal. Lá eles são monitorados o tempo todo e podem assim se desenvolver melhor.Uma amiga que conheci no curso para gestantes, tinha passado por isso um mês antes com o nascimento de suas filhas gêmeas. E através dela fiquei sabendo um pouco de como era o dia-a-dia da UTI-Neonatal. Esse conhecimento da realidade que enfrentaríamos aliviou muito a situação, pois nos preparamos e também aos nossos familiares e amigos, de que nossos bebês não seriam vistos naquela primeira fase por ficarem na UTI-Neonatal. Isso evitou a surpresa e a apreensão de pessoas queridas e contribuiu para mantermos a tranqüilidade naquele momento.Na tarde de 03 de maio de 2006, nasceram nossos queridos filhos Rafael e Felipe, com apenas 1 minuto de diferença!
Quando nascem bebês prematuros, eles são levados para outra sala do centro cirúrgico para serem limpos, examinados. Só depois de serem tomadas todas as providências essenciais é que eles são levados para a mãe - no meu caso, um deles veio com o tubinho de oxigênio.
Apesar da demora para vê-los pela primeira vez, não me assustei, pois minha amiga – a que teve as gêmeas – também havia me alertado sobre isso.
Não houve clima para filmar o parto, tampouco para tirar fotos com os bebês, o que teria sido tão bom, mas diante de tanta tensão, tudo o que queríamos é que Deus permitisse que tudo corresse bem com eles.
Rafael nasceu com 1075g e Felipe com 2090g, uma diferença de peso grande, que aos 10 meses de vida já estava reduzida a 15%, graças às orientações do pediatra e a dedicação à nutrição correta dos bebês.
Depois do parto, a equipe de aleitamento materno da maternidade, marcou um horário para que eu fosse ao lactário da maternidade para fazer a “ordenha”.
Ainda com tontura por causa das medicações, e cansada, tomei o café da manhã e fui ao lactário, onde a lactarista me orientou como usar a ordenha elétrica (máquina de tirar leite) para estimular as mamas, esclarecendo que em até 72 horas depois do primeiro estímulo, o colostro apareceria.
Sentei na frente daquela maquininha, conectei os cabos e liguei. No início, eu olhava para a máquina, com uma peça indo de um lado para o outro , com um sono muito forte, trêmula e sem saber se eu teria de fazer isso sempre, ou se era só aquela vez, se era doação de leite com um banco comum, ou se cada mãe tirava o leite exclusivamente para seus filhos. Na verdade, a lactarista já havia explicado tudo a respeito, mas eu, completamente atordoada, não captei nem 10% do que ela disse. Eu, e todas as outras mãezinhas, teria de fazer a ordenha, de três a quatro vezes todos os dias, para estimular as mamas, enquanto os bebês estivessem na UTI-Neonatal.
Falarei mais detalhadamente sobre a ordenha elétrica no capítulo sobre amamentação.
Poucos parentes e amigos nos visitaram, pois todos sabiam das nossas dificuldades. Eu quase não parava no quarto por causa das atividades constantes (tirar leite e visitar os bebês). Precisava descansar e sentia muitas dores no abdomem, devido aos cortes e aos gases (dores que diminuíram com o tempo).
Fui para casa no terceiro dia, e meus bebês lá ficaram.
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