CAPITULO 10 - QUANDO UM BEBÊ FICA NA MATERNIDADE E O OUTRO EM CASA - SÃO GÊMEOS, E AGORA? (Obra Registrada: Todos os direitos reservados.)
Esta
foi a época de logística mais complicada para nós, pois desejávamos estar todo
o tempo com os dois bebês, dando-lhes a atenção de que precisavam, e nessa
época tivemos que nos dividir entre nossa casa, para onde veio o Felipe que
ficou na maternidade durante 15 dias e a maternidade, onde o Rafael ficou
durante 35 dias.
A
rotina era bem corrida. Eu levantava cedo, tirava leite com a bomba para ser
oferecido ao Felipe durante a manhã, por uma auxiliar de enfermagem – a qual
ficava cuidando do Felipe até eu voltar lá por meio-dia – e então eu pegava um táxi e ia para a
maternidade que fica a 45 minutos de casa, chegando lá, a primeira coisa que eu
fazia, era ir dar uma olhadinha no Rafael, verificava se o médico estava na
sala da UTI-Neonatal para saber sobre o estado dele, ia tirar leite, voltava
para a sala, ficava com o Rafael, amamentava-o, o fazia arrotar, ficava mais um
pouco com ele e só ia embora depois de tirar todas as dúvidas com o médico,
pois a enfermagem não era autorizada a dar muitas informações sobre os bebês.
Chegando
em casa, amamentava o Felipe, cuidava dele, depois almoçava, e às vezes dava
para dar uma cochiladinha no quarto dele enquanto a minha mãe ficava vigiando
para ver se ele regurgitava. E assim passava o restante do dia, trocando fralda
e amamentando de três em três horas, com folga de uma hora de intervalo para
fazer o que precisasse (dormir, tomar banho..).
Meu
marido Marco, ia à maternidade ficar com o Rafael pela manhã, e à noite, todos
os dias. No restante do tempo, se dividia entre o trabalho e cuidar um pouco do
Felipe.
Num determinado momento, foi
autorizado que fizéssemos pele-a-pele (mãe-cangurú) com o Rafael, método
utilizado, que pode ajudar os bebês a se desenvolverem com uma rapidez
comprovada pelo nosso Rafael, no qual o bebê é retirado da incubadora, se
encontra só de fraldinha, e fica aconchegado por no mínimo uma hora e meia, no
peito da mãe ou do pai.
O bebê fica aquecido, ouve os batimentos cardíacos e
barulhos do corpo dos pais, tem sensações que lembram o ambiente uterino –
quando fazíamos pele-a-pele que às vezes chegava à duas horas com o bebê na
mesma posição.
Com a
utilização deste método, está comprovado, o ganho de peso acima da média de
ganho diária. O Rafael, chegava a engordar até 50 gramas por dia, peso
este, comprovado no dia seguinte à este procedimento. Este método, faz com que
os bebês se acalmem, se sintam aconchegados, ouçam as batidas do coração e
barulhos que eles ouviam ainda no útero materno.
O papai também “deve” fazer
pele-a-pele.
Para este procedimento, tem de se
tirar as roupas da cintura para cima, e vestir o avental, chegando na sala onde
o bebê está, a enfermeira coloca o bebê para você no seu peito, com o ouvido
encostado em você.
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